segunda-feira, 21 de junho de 2010

O futuro começa hoje.

Nos últimos anos, com a estabilização da economia e o aumento do poder de compra das pessoas, ampliou-se o horizonte de planejamento das famílias e empresas brasileiras.
A questão é: consumir ou investir?
De um lado está a realização imediata de um sonho como uma pequena viagem ou um celular de última geração. De outro, a necessidade de acumular uma poupança para garantir a realização de um desejo no futuro e aí sim, financiar os estudos dos filhos ou fazer aquela viagem dos sonhos.
Decidir hoje a respeito do que só acontecerá daqui a muitos anos,não é inerente à nossa natureza. Afinal, dificilmente alguém acorda com vontade de comprar um seguro de vida, não é verdade?
Nesta questão, o lado financeiro é apenas o meio. O objetivo é a segurança emocional, aspectos que abrangem relações íntimas – como lidarmos com o inevitável fato de que iremos envelhecer, por exemplo - e as expectativas quanto a família.
Em um país como o nosso, onde a cultura do planejamento ainda engatinha, é urgente que as pessoas de todas as idades se conscientizem de que o futuro começa a ser traçado hoje.
A palavra-chave para desenvolver a cultura do planejamento é a disciplina. Vários estudos e simulações indicam que quanto antes começarmos a investir em previdência complementar, por exemplo, mais cedo e com mais recursos atingiremos nossos sonhos futuros. Como mulher, mãe, economista e presidente de um grupo segurador, minha convicção é que o momento certo de começar é agora.
Outra palavra fundamental, que já mencionei antes é planejamento. Temos que estar atentos ao fato de que, com a maior expectativa de vida e as atuais regras de aposentadoria, a conta futura da Previdência Social não fecha, com um número cada vez maior de aposentados e proporcionalmente, cada vez menos pessoas contribuindo.
Cabe aos líderes atuar como multiplicadores na conscientização das suas equipes. O processo de evolução de uma cultura imediatista para uma cultura de planejamento de longo prazo é demorado. Individual ou corporativamente é muito importante nos engajarmos nesta mudança de comportamento.


Maria Silvia Bastos Marques
(presidente da Icatu Hartford)

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