quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cofrinho moderno


Em vez do brinquedo na estante, um dinheiro a mais para guardar no cofrinho. Em vez de um pacote de pipoca por dia na saída da escola, algumas moedas a mais no fim do mês. Abrir mão da satisfação imediata para garantir um futuro mais seguro para os filhos ainda é um dilema enfrentado por muitos pais que desejam começar a investir em um plano de previdência. O fato é que a maioria ainda vive esse dilema, pois desconhece que é possível assegurar uma renda extra para, por exemplo, financiar futuramente a faculdade das crianças, economizando a partir de R$ 1,70 por dia. A previdência privada é, hoje, um investimento acessível e pode ser a solução para garantir que os filhos não só tenham uma boa formação, mas uma boa renda na velhice.
E não é preciso fazer muita matemática para chegar a essa conclusão. Já está claro para a sociedade que, quanto mais cedo a pessoa começar a se preocupar com o futuro, mais tempo terá para economizar e, consequentemente, o valor a ser poupado pesará menos no bolso. E assim, aos poucos, a previdência privada está entrando na lista básica do planejamento familiar financeiro dos pais. 
Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), divulgados em julho deste ano, o mercado de previdência direcionado para menores fechou 2009 com uma acumulação de R$ 3,3 bilhões, um crescimento de 14,10% em relação a 2008. Só no primeiro trimestre deste ano, os planos para menores captaram R$ 334 milhões.
Um dos estímulos para esse crescimento é a necessidade de garantir a educação dos filhos. Mensalidades, material escolar, vestibular, faculdade privada, livros. Se tomarmos como exemplo uma família de classe média, com renda mensal de R$ 6 mil, os gastos com educação podem comprometer até R$ 1,5 mil por mês. Indo mais além, chegarão a R$ 414 mil até a formatura.
Para garantir que, pelo menos, a formação do filho será concluída, os pais devem começar a investir em um plano de previdência logo após o nascimento da criança e, de forma disciplinada, realizar aplicações mensais, ou aportes, até ela completar 18 anos. Com um montante a partir de R$ 50,00 por mês, ou R$ 1,70 por dia - considerada uma rentabilidade estimada de 10% ao ano durante o período de acumulação e de 4% ao ano durante o período de pagamento de renda, é possível formar uma reserva de, aproximadamente, R$ 29 mil. Se aos 18 anos o filho optar por não resgatar o dinheiro, e continuar a contribuição até completar 65 anos, estará garantindo uma renda mensal na aposentadoria de cerca de R$ 20 mil.
Além de ideais para formarem reserva em longo prazo, o planos de previdência são indicados porque aliam segurança financeira à rentabilidade, trazendo ainda, de quebra, o benefício  dos incentivos fiscais. Para pais que fazem a declaração completa do Imposto de Renda, é possível deduzir os  valores investidos em previdência até o limite de 12% da renda bruta anual. Outro atrativo são as regras de tributação. Optando pela tabela regressiva, o cliente pode pagar somente 10% de IR sobre os recursos investidos por mais de 10 anos.
Outra vantagem é que, por terem muito tempo para render, os planos para jovens alcançam ótimos resultados, geralmente acima de modalidades até então tidas como tradicionais, como a poupança. Isso ocorre porque oferecem diferentes combinações de investimentos, que vão dos fundos de renda fixa a aplicações em renda variável, no limite de 49% dos recursos. Além disso, os planos oferecem a opção de contratação de um seguro de vida, que garante a reserva mesmo na ocorrência da morte do provedor.
Mais do que dar garantias financeiras, as mudanças no perfil da população brasileira também têm impulsionado essa fatia do mercado. Se em 1940 a expectativa de vida do brasileiro era de 45,5 anos e, atualmente, chega a 72,8 anos, a regra agora é: se as pessoas vivem mais, têm mais tempo de aposentadoria e, por isso, precisam começar a poupar cedo para formar uma boa reserva.
Portanto, se você deseja ensinar ao seu filho que poupar desde cedo traz vantagens no futuro, o melhor é deixar o brinquedo na vitrine e começar a encher o cofrinho da previdência agora.
Helder Molina, presidente da MONGERAL AEGON