sábado, 16 de outubro de 2010

Previdência Complementar Aberta: Como escolher o melhor plano para mim?

Em primeiro lugar, você deve saber qual a sua inclinação para o risco financeiro.
Cada pessoa tem uma percepção de risco diferente. Muitas vezes, ela mesma desconhece os seus limites, definindo-se como um investidor altamente agressivo, capaz de suportar com serenidade oscilações bruscas do mercado. Porém, na prática, essa pode não ser a sua reação. O inverso também acontece: uma pessoa que vê a si mesma como um investidor conservador, descobre ter, na realidade, grande capacidade para suportar o sobe-e-desce dos seus investimentos.
Na hora de contratar um plano de aposentadoria complementar aberta, o consultor de benefícios costuma avaliar o seu perfil de risco, fazendo algumas perguntas específicas.. As respostas dadas vão permitir uma classificação de maior ou menor aversão ao risco.
Se você tem como maior preocupação a proteção do seu dinheiro e perde o sono apenas com a possibilidade de ver suas aplicações reduzirem, o seu perfil é conservador – e você deve procurar um plano que invista num fundo 100% de renda fixa.
Por outro lado, se você se revela preparado para oscilações fortes do mercado financeiro e aceita com tranquilidade correr o risco com o objetivo de fazer o seu dinheiro aumentar mais rápido, provavelmente vai se interessar por investimentos mais arriscados, como renda variável (ações e derivativos). Se esse for o seu perfil, pode ser que escolha um plano de previdência com investimentos mais agressivos.
Quanto a valores, não existe limite para o que você pode investir nos planos de previdência complementar aberta. No entanto, você deve considerar qual é o seu objetivo: se for para fazer um investimento aproveitando o incentivo fiscal (adiar o pagamento do Imposto de Renda) ou poupar à longo prazo, para ter uma renda quando parar de trabalhar.
A quantia a ser investida para garantir uma aposentadoria complementar depende de alguns fatores:
• sua situação financeira atual e suas potenciais necessidades;
• seus objetivos financeiros de longo prazo;
• sua poupança atual, investimentos e patrimônio;
• alternativas de investimento de que dispõe.
Dos quatro itens, o mais importante é o primeiro. Caso a compra de um plano de previdência seja encarada como investimento de curto prazo, o benefício fiscal não poderá ser utilizado na sua totalidade. Além disso, existe carência para resgate dos valores aplicados, que varia entre 60 dias e 24 meses para o primeiro resgate, e entre 60 dias e seis meses para os demais resgates. O regulamento do plano individual prevê as carências, que são definidas no contrato de adesão.
O investimento num plano de previdência complementar aberta deve se basear num planejamento de longo prazo, não devendo ser usado para gastos imediatos.
Por mais organizado que você seja, é importante ter em mente que despesas não previstas podem surgir e você poderá precisar de recursos extras, além do seu ganho mensal.
Para fazer frente a esses gastos inesperados, o ideal é que se tenha uma reserva de emergência, que são recursos aplicados de forma conservadora, garantindo a formação de uma poupança. Essa reserva de emergência “atuará como um colchão” para suportar os gastos extras, evitando, desse modo, o saque prematuro dos recursos depositados no seu plano de previdência.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Qual a cobertura necessária no seguro de vida?

Se você está decidido a adquirir um seguro de vida, certifique-se de que possua a cobertura adequada ao seu objetivo. Essa cobertura não é assim tão fácil de calcular!
Há quem afirme que devemos comprar um seguro de vida que substitua sete anos dos nossos rendimentos anuais, mas se tiver filhos pequenos ou dívidas grandes, deverá subir esse período para dez anos de salários.
Por exemplo, se ganha 20.000,00 por ano, deverá subscrever entre 140.000,00 à 200.000,00 de cobertura em caso de morte qualquer causa.
Ao avaliar o risco e a cobertura necessária, nunca se esqueça que o objetivo de um seguro de vida é substituir os seus rendimentos, caso você venha a falecer, para que os seus dependentes consigam manter o padrão financeiro durante os anos seguintes e terem tempo suficiente para se adaptarem e criarem a sua própria independência.
Fatores a considerar na cobertura do seguro de vida.
Algumas condições atuais deverão ser avaliadas, para decidir a cobertura mais adequado à sua situação.
Por exemplo:
• O seu parceiro conseguirá suportar as despesas com dependentes do casal?
• A família possui outros ativos que poderá vender em caso de morte, como casa, ouro, ações, etc?
• Os seus filhos serão seus dependentes durante mais quantos anos?
Estes são alguns exemplos de questões que deverá refletir, em conjunto com os seus familiares, para escolher o montante da cobertura adequado.
Uma regra importante é não adquirir uma cobertura menor do que a identificada como necessária, apenas por contribuir com valores mensais menores no seu seguro de vida. Se assim for, melhor buscar investir seu dinheiro em outro tipo de negócio.
Estar de boa saúde
Um seguro de vida pode ser muito complicado de conseguir, e muito caro, se você não estiver em boas condições físicas.
Pelo contrário, se você se encontra de boa saúde e tem um bom historial de saúde na sua família, conseguirá condições muito mais vantajosas financeiramente para os seus seguros de vida.
Por exemplo: se toma medicamentos para doenças cardio-vasculares ou se tem um elevado excesso de peso; se tem hábitos de risco como fumar,pratica esportes radicais ou possui profissão de risco, poderá pagar qualquer coisa como mais 50% do prémio que pagaria se tivesse boa saúde ou até mesmo, ter a sua proposta de seguro regeitada pela seguradora.
Quanto pior for a sua saúde física, mais compensa procurar bons negócios no mercado, porque existem diferenças significativas no agravamento que fazem em certos tipos de risco.

Pode pensar que não vale a pena dizer à seguradora quais são os seus pontos negativos em termos de saúde, já que vão aumentar o seu prémio/contribuição de seguro de vida.
As seguradoras conhecem estas tentativas de enganar o sistema, por isso, na altura dos pagamentos (se não for antes) eles irão investigar tudo o que os possa levar a não pagar a cobertura acordada. Nessa altura, dificilmente conseguirá esconder-se o problema que tinha e aí os seus herdeiros podem dizer adeus ao dinheiro que lhe seria devido.
A conclusão mais simples a tirar é que compensa comprar um seguro de vida o mais cedo possível na vida, enquanto se encontra de boa saúde, mas nunca antes de ter dependentes a seu cargo.
O objectivo do seguro de vida é um só: trazer segurança e provisão financeira para sua família, caso você venha a faltar. È planejamento financeiro diante do inevitável.
Veja a duração certa dos seguros de vida para o seu perfil e faça já o seu!
Afinal, seguro de vida é também uma atitude de amor!